O custo real
Eu sei que já toquei no assunto por diversas vezes, que isso se torna chato, mas é assim que assimilo e me educo sobre essa questão, e planto a semente em você que lê. Então termino o texto com o resumo sobre uma das personagens reais do documentário: Fulana é mãe solteira, tem 24 anos, é nativa e vive com sua filha em precárias condições em Bangladesh, numa cidade pequena que é movida pela indústria têxtil, como tantas outras ao redor do mundo. Às vezes ela não tem com quem deixar a criança, que vai com ela para a fábrica e lá fica, em meio a um ambiente perigoso por conta das máquinas e insalubre por conta dos produtos químicos adicionados ao algodão. Ganha alguns cêntimos por cada camisa que costura, não tem férias, hora de almoço, fim de semana, auxílio maternidade ou de saúde. Já perdeu muitas colegas na mesma condição em acidentes terríveis, como o desmoronamento de um edifício em péssimas condições que matou mais de 1000 costureiras. Decidiu montar um sindicato para exigir seus direitos e a primeira resposta não foi positiva. Foi fechada na fábrica junto com as outras sindicalizadas e espancada por isso. Resolveu então deixar sua filha com os pais numa aldeia distante dali, pois quer que a filha tenha um futuro diferente do dela. Crê que a maior vitória em sua vida será quando conseguir ganhar 160 dólares por mês.
160 dólares eu, você e o mundo inteiro gasta num vestidinho na Zara. Que talvez tenham saído das mãos da jovem fulana.
Adorei! Um pouco de realidade é sempre bom!
ResponderExcluirQue bom! Mil beijos!
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