Somos o que comemos

terça-feira, novembro 10, 2015 Ana Luisa Maya Uludüz 0 Comments


Ser ou não ser vegetariano é uma questão de consciência, escolhas ou crenças. Faço parte do time da maioria, que apesar de (eu) ter tempo suficiente para elaborar a própria dieta e da família com opções mais saudáveis, vai diretinho ao supermercado mais perto de casa e compra muitas coisas empacotadinhas e com embalagens fofas sim. 
Ao ver esse documentário alguma coisa muda, mexe consigo de alguma forma?  Pensar na indústria alimentar como um todo, é o primeiro passo. Não vou falar aqui do que o filme bem explica, mas sim do que podemos fazer. Cada um tem sua desculpa: trabalho muito e não posso e não tenho tempo para elaborar saídas para os cardápios envenenados lá de casa. Gosto de comer carne é grande parte da minha dieta é baseada nela. Digam o que quiserem, mas que tal se só um dia da semana deixassem de comer derivados animais? Ou só a carne vermelha? 
Agora sim falando aqui de casa: Venho tentando não bravamente cortar o leite da dieta das minhas filhas. Agora, mais leite é essencial para as crianças, isso é loucura! Não gente, não é. O leite de vaca é produzido para alimentar os bezerros, a fonte de nutrientes necessárias que o bezerro precisa, para subir de peso e ganhar massa rapidamente e virar uma vaquinha ou boizinho feliz. Não é para a criança ou adulto humano ou qualquer outra espécie. Mas crescemos alimentados pelo marketing da indústria laticínia que diz que "três copinhos de leite por dia é saudável e dá energia". Tenho cortado um dobrado para fazer com que minha filha mais nova se desapegue do leitinho, que também é oferecido na escola. 
Não é nenhuma novidade também que a proteína, encontrada na carne, também pode ser encontrada em grãos, cereais e vegetais, certo? Que são comida para as vaquinhas que vem pra nossa mesa depois, certo? Então porque o marketing agropecuário deixaria passar a ideia de que comer uma colher de servir de lentilhas lhe daria a mesma quantidade de proteínas que o bife? Tirando o leitinho das crianças do pobre rico agricultor com suas ideias subversivas, dona Ana?
Pois é, gente. Questão delicada é difícil essa. Fui vegetariana por 5 anos, e posso dizer com toda a propriedade do mundo que foram os anos de maior saúde e disposição que tive. Mas não é fácil nem barato, e tem mil armadilhas, como se ver a comer massa ou pães quase todos os dias, e procurar opções no restaurantes e encarar o nariz torcido do atendente a lhe oferecer salada de alface (porque ainda se pensa que ser vegetariano é comer só alface a vida inteira). Pedir refeição especial no avião e não ter direito nem a sobremesa.
Bom, esse é um post meio "wake up call". Se queres fazer alguma diferença no mundo, comece por ti a fazer diferente. Adesão à segunda feira sem carne é uma ideia. Depois vai aumentando para dois dias... Tem gente que deixa as carnes para o fim de semana. Aqui em casa estou na vibe do bom exemplo,  e já há algum tempo temos um dia da semana sem carne e pretendo aumentar, assim como cortar de vez o leite (medo).
Assista ao documentário "Cowspiracy" disponível no NETFLIX, faça suas mudanças e depois me conta. 

0 comentários: